segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Acorda, paz!

Brancos são lindos
brancos são puros
brancos são justos
brancos são...brancos!

Brancos toleram
brancos são nobres
brancos são ricos
brancos são...tantos!

Brancos não roubam
brancos não matam
brancos não escravizam
brancos são...Santos!

Brancos de direita
brancos de esquerda
brancos se digladiam
brancos aos prantos.

Brancos do capital
brancos ricos, milionários
brancos bilionários
brancos donos de bancos.

Brancos prefeitos
brancos deputados
brancos senadores
brancos...malandros!

Brancos libertos
brancos alforriados
brancos desacorrentados
brancos nunca no tronco.

Pureza...a pomba e a paz
Tua cor, que erro enorme!
Lascívia, branca negação
Genocídio na miscigenação.

Pecados que os santos perdoam
E o vermelho que pintou esse chão
Seu olhos enxergavam ouro
Os nossos, viam uma nação.

Agora, o branco é pardo
Alisado na integração
Teu nome em lábios de Europa
Acento na entonação

teu corpo em pele de África
Nasceu da própria exploração.
Rebanho nascidos da morte
Saúdam a negra extinção.

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